quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Um Mundo Novo, Humanizado



Um Mundo Novo, Humanizado

Antes de pretender ganhar os céus, o homem precisa compreender o seu papel na Terra diante do seu semelhante e em relação a si mesmo. Antes de espiritualizar-se propriamente, precisa humanizar-se, tornar-se mais humano.
Tem-se falado muito no processo de regeneração da humanidade que, segundo instruções dos Espíritos a Allan Kardec, já teria se iniciado. Entre os espíritas criou-se um clima generalizado de expectativa (meio místico) no que se refere aos “tempos chegados”, como se esse período de renovação tivesse data para acontecer.
Toda a longa trajetória evolutiva do homem até chegar à sua atual concepção físico-psíquica não foi suficiente para transformá-lo significativamente, a ponto de não se poder mais compará-lo, em nenhuma de suas ações, aos seus antepassados primitivos.
Claro que há grande distância separando o homem de hoje do que ele foi há remotas eras. Mas o atavismo do longínquo passado traz ainda à tona, em várias circunstâncias, muito da sua natureza bruta, que se pode observar em surpreendentes atos de agressividade, violência e inconsequência. E, infelizmente, esse não é um fenômeno isolado, pois ocorre ainda em muitas partes do planeta.
O Espírito Lázaro fala dessa situação em “O Evangelho segundo o Espiritismo” quando afirma estar o homem “mais próximo do ponto de partida que do alvo”, (1) quando dominado pelos instintos.
Por outro lado, basta olhar a civilização moderna para constatar que o homem evoluiu bastante, transformou o mundo, viajou no espaço, desenvolveu a inteligência a níveis espantosos. Fez progredir também seus hábitos e costumes sociais polindo-os e dando-lhes uma feição que os distancia da barbárie. Entretanto, seus avanços no campo ético-moral foram bem mais discretos, confirmando as explicações dadas pelos Espíritos da codificação de que o progresso moral não acompanha, no mesmo ritmo, o avanço da inteligência (2). É essa discrepância a causa do desequilíbrio que se constata atualmente no mundo. “Resta-lhes (aos homens) ainda um imenso progresso a realizar: é o de fazer reinar entre eles a caridade, a fraternidade e a solidariedade, para assegurar o bem-estar moral” (3).
Segundo os mesmos Espíritos, um projeto de renovação moral está em andamento na Terra, envolvendo expurgo, exílio para mundos primitivos daqueles que “praticam o mal pelo mal, e que o sentimento do bem não atinge” (...); “irão expiar seu endurecimento, uns nos mundos inferiores, outros em raças terrestres atrasadas, que serão o equivalente a mundos inferiores” (...) (4).
Considerando-se que Deus é justo e seus mecanismos de justiça sabem ler o que se passa em cada consciência; considerando-se que os seres efetivamente maus (grifo meu) são uma minoria audaciosa, conforme sugere a questão 932 de “O Livro dos Espíritos”, e estes deverão abandonar a Terra; considerando-se ainda que o número de Espíritos infantis, ingênuos, indolentes, indiferentes, mas sem maldade (as “almas frágeis” de que fala Herculano Pires no livro “O centro espírita”) são boa parte de nossa humanidade e talvez devam ficar por aqui, conclui-se que estes últimos (os “sem maldade”), juntamente com uma ínfima parcela de Espíritos terrestres mais adiantados, participarão do processo de humanização do planeta.
A tarefa de reequilibrar a vida planetária caberá, então, à maioria dos Espíritos que pertencem à terceira ordem da escala espírita (Espíritos imperfeitos), somada à pequena porção que já adentra à segunda ordem (Espíritos bons), e ainda àqueles que, vindos de mundos mais avançados, reencarnarão em substituição gradual aos exilados. Sem os Espíritos radicais do mal, começará a se desenhar aqui um novo tempo, cujos signos serão o respeito entre os homens e a implantação da vida pacífica, conforme muito bem esclarece todo o capítulo XVIII de “A Gênese”.
Compreende-se, assim, que apesar de ter-se iniciado há mais de um século, a renovação não se dará de uma hora para outra, e que os homens terão muito trabalho pela frente. Porém, com a paulatina mudança de ares, o ambiente da Terra será mais propício à transformação. É aí que “o Espiritismo, mais que qualquer outra doutrina, está apto a secundar o movimento regenerador” (5).
O que o bom senso pede é que continuemos lutando sem desânimo, individual e coletivamente, pelo estabelecimento desse novo estágio entre nós, mas sem as expectativas angustiosas quanto ao tempo, pois “como a natureza não dá saltos” e milagres não existem, os que ficarem precisarão construir esse mundo novo, e essa tarefa levará tempo. Ainda em “A Gênese”, no mesmo texto de Allan Kardec podemos ler: “No dizer dos Espíritos (...) tudo se passará exteriormente como de costume, com esta única diferença, porém diferença capital, que uma parte dos Espíritos que aí se encarnam não mais se encarnará”.


               Claudio Bueno da Silva

Notas:

(1) “A lei de amor”, capítulo XI.

(2) “O Livro dos Espíritos”, questão 780.

(3 e 5) “Sinais dos tempos”, capítulo XVIII de “A Gênese”, Allan Kardec, Ed. LAKE.

(4) “A nova geração”, capítulo XVIII de “A Gênese”, Allan Kardec, Ed. LAKE.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A população brasileira parece que vive o inverso da normalidade, fazem valer de uma persona durante 360 dias no ano, para em cinco dias no período carnavalesco que vai da sexta-feira á terça-feira viver a sua realidade, usando uma máscara que não lhe pertence.

Quem é você realmente?
 Quem você representa mesmo?
 O que devemos esperar de você?

São perguntas que merecem respostas, e que todo cidadão e cidadã necessita realmente saber o que vai ser feito a partir de agora realmente. Até porque existe uma máxima o Brasil, de que o ano começa depois do carnaval. Esperamos que a partir de agora, os nossos dirigentes tirem as máscaras. Não vamos agora chorar o leite derramado, mas encontrar soluções para resolver os problemas existente em nossa Cidade, Estado e País. A começar pela organização da própria casa, que durante esses dias o lixo acumulou-se, e se faz necessário realizar uma limpeza geral. (?) As ruas precisam de reparos no que diz respeito à pavimentação, seja asfalto ou calçamento. As estradas que cortam o município precisam ser recuperadas, para uma melhor locomoção de estudantes, etc. Um outro problema é com relação ao desemprego, precisamos de mais industrias, empresas que gerem renda e ocupação para que os nossos jovens não ocupem as calçadas de nossas ruas, vendendo muitas vezes produtos ilícitos (cds, dvds, etc) para a Lei, deixando as ruas intransitáveis para os pedestres, principalmente as do centro da cidade. Mas a questão mais grave é com relação à falta de chuva, onde centenas de milhares de pessoas que vivem no campo, sertão e/ou interior, precisam de respostas urgentes dos nossos gestores, que queiram ou não, eles fazem parte de um todo que os elegeram, e que estão inseridos e domiciliados neste ou naquele município.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Rretrocesso do Estado brasileiro

Existe uma ordem natural e até uma orientação espiritual de que "tudo" se encontra em processo de evolução, mas aqui pra nós, às vezes eu acho que dentro desse processo de evolução, por motivo de circunstancias outras, algumas coisas e/ou situações passarão por um processo de degeneração, para dar sustentáculo a outro quesito dentro da macrocidade da própria evolução do Universo... Eu fiz um comentário há dias atrás para alguns amigos, que ainda iríamos perder a laicidade do Estado brasileiro. Ou seja, com essa “invasão” de igrejeiros neopentecostais dentro do congresso brasileiro, e, com essa adesão das massas mais ‘desgraçadas’ do país a essas igrejas, corremos o risco de um dia, quem sabe daqui a uns 30, 40 ou 50 anos, poderemos ter um estado teocrático. Mesmo sabendo que o planeta terra irá passar por um processo de regeneração tornando assim as pessoas melhores do que antes (a terra será habitada por pessoas que realmente transformam-se em seres humanos mais sensíveis a prática do amor...), em contraponto, as expiações serão frequentes, os desencarnes coletivos, as catástrofes naturais, os problemas morais, econômicos também surgirão como processo da própria regeneração do planeta...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

PT: crítica e autocrítica | Opinião | O POVO Online



No início dos anos 80 eu era filiado ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro), nessa época o MDB era o maior e o mais conceituado partido de oposição às forças reacionárias do país. Também nesse período surgia o PT, nascido do movimento sindical no ano de 1979, firmando-se mais tarde como o maior partido de esquerda do Brasil, o qual atraiu muitos jovens, principalmente universitários pelas propostas de mudança para um país mais justo e igualitário.
No final dos anos 80 eu fui morar na cidade de Limoeiro do Norte, e fui convidado a ingressar ao PT, mais preciso em 1988. Militei por alguns anos naquela cidade, a qual criei raízes, e, até hoje guardo muitas recordações da época em que participei do movimento político. As campanhas de Lula contra Fernando Collor em 1989, e a primeira disputa eleitoral contra Fernando Henrique.
No ano de 1994 voltei para Aracati, fui convidado por alguns integrantes do PT local para participar de algumas reuniões, mas não fiz minha filiação. Depois, resolvi fazer minha política individual sem ingressar em nenhum partido, mas procurando atuar de maneira mais discreta.

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