No último mês de junho por razões óbvias,
o país ficou perplexo diante de várias manifestações populares ante partidária e
sem uma liderança especifica o que colocou em cheque o nosso modelo regimental
e administrativo. Em outrora ocasião eu
havia feito alguns comentários a respeito deste assunto, achando que não
necessitaria reatar o mesmo, mas diante de algumas atitudes comprometedoras de
pessoas que no mínimo deveriam permanecer em silêncio, já que são filhos do
antigo regime, todavia, contrariando a todos, essas pessoas demonstraram que
são além de apologistas, praticantes fiéis do mesmo, se faz jus que continuemos
a temática...
Até pouco tempo atrás, vivíamos numa ditadura
cruel, onde seus defensores sem escrúpulos calaram milhões e milhões de
brasileiros, argentinos, paraguaios, chilenos, peruanos, bolivianos, etc., quando
não, mandaram e mataram covardemente homens e mulheres que sonhavam com um país
menos violento, menos corrupto, menos desigual, e, mais justo para todos, enfim…
A partir de 1988, regido por uma nova
constituição, o Brasil foi redemocratizado sob o comando de um governo civil,
onde a nação voltou a ter uma esperança na busca de uma vida livre e soberana…
Para
entendermos os conceitos de Ditadura e Democracia é preciso analisar mais profundamente
o caso da política no continente sul-americano, principalmente no Brasil e na
vizinha Venezuela, onde ambos saíram de ditaduras recentes, mas por via-de-regra
usam o mesmo sistema de governo (presidencialista), sendo um ‘liberal’ e o
outro socialista (democrático e autoritário) respectivamente, demonstrando uma
complexidade em conceituarmos um modelo ideal de administração, sabendo nós que
Dilma e Maduro possuem ideologias semelhantes, mas, que as descaracterizam na
aplicabilidade de normas e condutas, sob a “necessidade” de manter uma suposta governabilidade…
Entretanto, numa
Ditadura, sob o poder da minoria, dependendo politicamente do contexto histórico
do país, onde os governantes, usando pretextos egoístas de sujeito
transformador da realidade contextualizada pela pobreza e pela miséria, ainda assim
sendo homenageados em praça pública como salvadores da pátria (heróis) pela
maioria, numa discrepância sem lógica nenhuma…
Já numa Democracia o
povo detém o poder, embora saibamos das limitações desse poder, pois, a maioria
não tem consciência da responsabilidade em delegar esse poder a alguém, que
provavelmente irar beneficiar-se em causa própria. Ora, usar de uma
subjetividade outorgada por uma massa que se acha representada é no mínimo, uma
ditadura branca e/ou camuflada, sob o ponto de vista equivocado e populista…
Entendam, quando nos
referimos aos governantes maiores dos países citados neste artigo, devemos inferir
todos os conceitos para as lideranças Estaduais e Municipais sem nenhuma necessidade
de ajustes em suas práticas administrativas. Contudo, vale ressaltar que qualquer
atitude tomada contra o povo, por qualquer que seja o governante, deve ser “enquadrada”
como antidemocrática, haja vista, que vivemos num regime (DEMOCRACIA) onde a
maioria (Povo) é quem detém o poder sobre minoria (Governante)…
Portanto, na intimidade dos sujeitos, aqui representado
pelo eleitor, tanto a Democracia quanto a Ditadura, gera uma insatisfação
subjetiva, mediante o status quo contextualizado por circunstâncias da política/corporativista
e tendenciosa aplicada socialmente. Entretanto, o que importa é a denominação
concreta da aplicabilidade dos conceitos. Acerto,
Erro, Omissão, são consequências não justificáveis pela não credibilidade
do agente e, não do sujeito como muitos pensam…
Roberto Vieira
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